Início do Conteúdo

Comissão debate segurança nas Unidades Básicas de Saúde

Vereadora recebeu representantes da área para relato de casos e soluções propostas
Comissão debate segurança nas Unidades Básicas de Saúde

Fotos: Aline Pereira

A Comissão Especial de Estudos que analisa, propõe e acompanha a execução de medidas de segurança nas unidades de saúde e escolas municipais recebeu, nesta tarde (16), profissionais que atuam nos serviços de saúde de Ribeirão Preto. Compareceram Ilka Pegoraro, diretora do Departamento de Atenção Básica, Jane Aparecida Cristino - secretária da Saúde interina, e Elaine Pastorelli, gerente da Unidade Básica de Saúde da Vila Albertina.

Jane disse que a Secretaria realizou levantamento das situações de violência nas unidades de saúde, em ação com a Cruz Vermelha Brasileira, que enviou equipe a Ribeirão para apuração de dados da Polícia Militar. Segundo o diagnóstico de 2017 a cidade ainda não se encaixava nos programas de segurança da instituição, por índices insuficientes. A gestora informou também que a equipe de saúde tomou medidas de segurança simples, tais como: verificação do fechamento de portas não utilizadas, formas de identificação dos indivíduos suspeitos, acesso rápido aos registros recentes de notificações e desenvolvimento de uma cartilha de avaliação de riscos. Apesar das ações de segurança, os furtos e assaltos são recorrentes, além das agressões físicas e verbais aos servidores,  causando, entre outros prejuízos, a defasagem da equipe funcional.

"O nível de violência e agressão por parte dessas pessoas que praticam assaltos nas unidades é grande, e é bem sofrido, embora o maior número ainda seja de agressões verbais e físicas. Existem servidores que se afastam e não retornam ao trabalho em razão disso", afirmou Jane.

Sobre ações criminosas que não envolvem violência direta, Ilka citou os problemas com furto de fios de cobre, que se tornaram reincidentes aos finais de semana em algumas unidades.

Elaine disse que os treinamentos realizados em parceria com a polícia militar e Guarda Civil Municipal foram esclarecedores, surtindo efeitos na UBS. Para a gerente, o apoio prestado à equipe proporcionou outro olhar em relação aos padrões dos criminosos e situações de risco.

"Hoje nós conseguimos perceber as ações dos suspeitos. Eles têm comportamentos parecidos, por isso temos conseguido evitar situações de crime", revelou a gerente, que reforçou a importância da terapia comunitária para os servidores que sofreram com as ações desses criminosos.

Ao final do encontro, Gláucia Berenice (PSDB) reiterou a necessidade dos poderes da cidade estarem alinhados buscando soluções aos conflitos, por isso enalteceu a importância do legislativo receber os representantes dos setores para debates e coleta de informações.

Por Marco Aurélio Tarlá